terça-feira, 20 de junho de 2017

20 de junho – Cuidado com as doenças das festas juninas

     Nos próximos dias acontece o auge das festas do mês de junho e, junto com a alegria e a diversão, podem vir muitos problemas de saúde. O consumo exagerado de comidas típicas, principalmente em locais públicos, favorece a ocorrência de, entre outros, infecção intestinal e intoxicações provocadas por vírus ou bactérias. O problema é que essas comidas, vendidas em barraquinhas, geralmente são produzidas em casa, de forma improvisada e sem devidos cuidados de higiene, acondicionamento, temperatura e validade para o consumo humano.
    Há duas recomendações a se fazer aqui: para quem produz e vende e para quem compra e consome esse tipo de alimento. Para quem faz, é preciso observar os procedimentos de higiene e as boas práticas de manipulação dos alimentos, ter muito cuidado ao manipular os alimentos, principalmente com os utensílios que vai usar, onde vai guardar etc. Se não sabe exatamente o que fazer, procure a vigilância sanitária de sua cidade e peça ajuda, ou ao menos recorra ao Dr. Google.
    Para quem vai consumir as comidas prontas, é importante observar as condições de higiene dos locais onde os alimentos são vendidos; as formas de acondicionamento; as condições de limpeza e vestimenta dos vendedores, e o aspecto dos próprios alimentos, que devem se apresentar saudáveis e em perfeitas condições de consumo. Comidas feitas em casa, mesmo sob todas as condições necessárias de higiene, devem ser consumidas no mesmo dia do preparo. Alimentos à base de milho, como canjicas, pamonhas etc, se não forem consumidos no mesmo dia, têm que congelados (em temperatura inferior a 5ºC) ou guardados a uma temperatura acima dos 60 graus.
    Também evite excessos, pois as comidas juninas normalmente são muito calóricas e, quando consumidas em grandes quantidades, contribuem para aumentar o nível de gordura e de açúcar no sangue, e até o aumento de peso. Os alimentos juninos utilizam muito milho (apesar de ser rico em fibras, que auxiliam no emagrecimento é altamente calórico), creme de leite, leite de coco, leite condensado, manteiga, margarina e açúcar, que são verdadeiras bombas de calorias.
 
Infecção Intestinal
    A infecção intestinal, tecnicamente chamada de gastroenterite aguda, pode ser causada por vírus ou bactérias e sua transmissão e contágio se dá pela via fecal-oral, ou seja, pela contaminação de alimentos e da água. A infecção induz a má digestão de carboidratos, má absorção de nutrientes e inibição da absorção de água. O vírus entra nas células intestinais sem destruí-las, mas gerando uma resposta inflamatória intensa. Já as bactérias causam ulceração e abscessos na mucosa, induzindo infamação.
    O sintoma mais comum da infecção intestinal, seja viral ou bacteriana, é a diarreia, mas geralmente ela aparece associados são náuseas, vômitos, perda do apetite, mal estar, febre, dores abdominais e em todo o corpo. Se a diarreia vier com sangue muito provavelmente a infecção foi provocada por bactérias. Essa perda de líquidos (diarreia, vômitos etc) provoca uma rápida desidratação, que deve ser tratada com urgência.  As infecções causadas por bactérias, comuns após o consumo de alimentos impróprios costumam ser rápidas, surgindo apenas algumas horas após o contato com o alimento contaminado.
    No caso de, após participar de uma festa junina, aparecerem sintomas de infecção intestinal, procure um médico, mas antes de tudo, dê atenção à desidratação. Há produtos específicos para reidratação oral, mas se não tiver acesso a eles, não espere, recorra ao soro caseiro. Crianças e pessoas de idade formam o maior grupo de risco e precisam de atenção urgente.

Intoxicação alimentar
    Outro problema comum, resultado da ingestão de alimentos mal acondicionados ou produzidos de forma incorreta é a intoxicação alimentar. Alimentos deixados ao ar livre ou que ficaram armazenados por muito tempo (paçoquinhas, por exemplo) podem ser facilmente contaminados. Às vezes, se a pessoa que está produzindo ou manuseando o alimento não lavar as mãos antes de tocar na comida, pode provocar a contaminação.
     Os sintomas da intoxicação alimentar geralmente afetam o estômago e intestinos, sendo que o sinal mais comum também é a diarreia e também vem associada a náusea, vômitos, diarreia aquosa, dor abdominal e cólicas e até febre. Esses sintomas podem começar dentro de horas após a ingestão do alimento contaminado, mas pode demorar dias ou até mesmo semanas em alguns casos. A intoxicação alimentar geralmente dura de um a 10 dias. Tudo depende do organismo que te infectou e quais as suas condições de saúde no geral.
     São grupo de risco para intoxicação, os idosos, as mulheres grávidas, bebês e crianças, e pessoas com doença crônica (como diabetes, hepatite, etc).

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