21 de julho - Vamos falar da Febre Oropouche que ameaça o Brasil

  A febre Oropouche, ou Mojui, é uma doença viral (como a dengue, por exemplo), transmitida mosquito pólvora ou marium (o nome cientifico é Culicoides paraensis, ou popularmente: borrachudo), comum em regiões tropicais e subtropicais, como a nossa.
Este mosquitinho se reproduz em água parada, como o Aedes Aegypti, porém suas larvas podem viver tanto em água doce quanto na salgada. Ele transmite um arbovirus, que causa a doença. É muito comum na região amazônica, no Caribe e no Panamá e agora teme-se que possa se proliferar por todo Brasil.
     Depois que o borrachudo infectado pica uma pessoa, o vírus demora de 3 a 12 dias para começar a provocar os primeiros sintomas.  O vírus provoca febre, perda de apetite e peso (anorexia), intensas dores de cabeça, pescoço, costas e juntas. Provoca ainda fotossensibilização (a pessoa quer ficar no escuro, a luz incomoda), bronquite, diarréia, dor abdominal e sensação de queimação em todo o corpo. E, pra completar o quadro, o paciente pode vir a desenvolver meningite.
     Não existe um tratamento específico para esta doença. O que se faz é atacar os sintomas, com analgésicos, antiinflamatórios e muito repouso. Além disso, uma dieta de líquidos, com sucos de frutas ou soluções de glicose para combater a desidratação que a Oropouche provoca.
     A melhor maneira de combater essa doença, assim como no caso do Aedes, é atacar o mosquito transmissor. Levando em consideração que estes insetos tem hábitos diurnos, deve-se utilizar inseticidas nos ambientes e larvicidas nos criadouros que se formam em qualquer local que tenha água parada.
 

SAIBA MAIS
    A doença possui o nome da região onde a doença foi descrita pela primeira vez, o Rio Oropouche em Trinidad e Tobago, no ano de 1955.
     No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 1960 no sangue de uma preguiça da espécie Bradypus trydactilus e em um lote de mosquitos da espécie Ochlerotatus serratus durante a construção da rodovia Belém-Brasília.