terça-feira, 4 de julho de 2017

Dia 4 de julho – Dia de falar sobre a Raiva

Fonte: Ministério da Saúde
     A raiva humana é uma doença praticamente desconhecida, mas que continua fazendo vítimas, apesar de raras. Ontem, no Recife, capital do Pernambuco, foi confirmado o primeiro caso de morte por raiva humana em 19 anos. A vítima foi a dona de um pet shop e havia sido arranhada na mama direita por um gato no dia 26 de abril. Na época, a mulher não procurou nenhuma unidade de saúde para relatar o ocorrido e tomar as medidas de saúde necessárias. Somente no dia 18 de junho, quando os sintomas começaram a se desenvolver, ela foi internada no Hospital Agamenon Magalhães, localizado na Zona Norte do Recife. Na última segunda-feira, devido ao agravamento do quadro e ela morreu.
    A raiva é uma zoonose (doença transmitida de animais para o homem) causada pelo Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Ele causa uma das doenças mais graves que se tem conhecimento, com taxa de mortalidade de quase 100%. Nenhuma outra doença infecciosa tem taxa de mortalidade tão elevada. Apesar da existência da vacina e da imunoglobulina, que ajudam a prevenir a raiva humana, ainda morrem de raiva anualmente aproximadamente 70 mil pessoas em todo mundo.
     Nos animais, os sintomas da doença geralmente são dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Segundo o Ministério da Saúde, nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, os gatos se tornam agressivos e os morcegos passam a voar de dia ou caem no chão.
     Já nos humanos, os sintomas começam com transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos, alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da infecção. À medida em que a contaminação avança a pessoa começa a ter alucinações, febre e convulsões.
    
O que se recomenda é que ao ser mordido ou arranhado por um animal, mesmo que ele tenha sido vacinado contra a doença, o ideal é lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar com urgência uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e prescrição dos antivirais ribavirina e amantadina (chamado protocolo Milwaukee).

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