Fonte: Ministério da Saúde |
A raiva humana é uma doença praticamente desconhecida, mas
que continua fazendo vítimas, apesar de raras. Ontem, no Recife, capital do
Pernambuco, foi confirmado o primeiro caso de morte por raiva humana em 19 anos.
A vítima foi a dona de um pet shop e havia sido arranhada na mama direita por
um gato no dia 26 de abril. Na época, a mulher não procurou nenhuma unidade de
saúde para relatar o ocorrido e tomar as medidas de saúde necessárias. Somente
no dia 18 de junho, quando os sintomas começaram a se desenvolver, ela foi
internada no Hospital Agamenon Magalhães, localizado na Zona Norte do Recife.
Na última segunda-feira, devido ao agravamento do quadro e ela morreu.
A raiva é uma zoonose (doença transmitida de animais para o
homem) causada pelo Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Ele causa uma das
doenças mais graves que se tem conhecimento, com taxa de mortalidade de quase
100%. Nenhuma outra doença infecciosa tem taxa de mortalidade tão elevada.
Apesar da existência da vacina e da imunoglobulina, que ajudam a prevenir a
raiva humana, ainda morrem de raiva anualmente aproximadamente 70 mil pessoas
em todo mundo.
Nos animais, os sintomas da doença geralmente
são dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de
comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Segundo
o Ministério da Saúde, nos cães, o latido torna-se diferente do normal,
parecendo um “uivo rouco”, os gatos se tornam agressivos e os morcegos passam a
voar de dia ou caem no chão.
Já nos humanos, os sintomas começam com transformação
de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos, alterações na
sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da infecção. À medida
em que a contaminação avança a pessoa começa a ter alucinações, febre e convulsões.
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