sábado, 26 de agosto de 2017

26 de agosto - Banalização do sexo traz a sifilis de volta

    A banalização do sexo, principalmente entre os jovens da chamada “geração fast” (lá embaixo coloquei o link de um blog muito bom que trata dessa questão) tem ressuscitado doenças que já se consideravam extintas, ou ao menos controladas. Um dos exemplos é a sífilis. Transmitida pela bactéria “treponema pallidum”, principalmente por via sexual (mas também da mãe para o filho, durante a gravidez), havia sido erradicada do Ocidente há 25 anos e está de volta com a corda toda.
    Dados do Ministério da Saúde mostram que os casos notificados de sífilis adquirida, a que se pega por meio de relação sexual, passaram de 1.249 em 2010 para 65.878 em 2015, o que representa um aumento de mais de 5.000% em apenas cinco anos. E 56% destes casos foram registrados na região Sudeste, que é a mais urbanizada e desenvolvida do País e onde internet e aplicativos de encontros são mais populares (e as pessoas principalmente jovens praticam a chamada “roleta russa sexual” - veja o outro link bacana abaixo). 
    Para o Ministério da Saúde, um dos motivos da volta da sífilis (e outras doenças sexualmente transmissíveis - as chamadas DSTs - que estavam controladas) é a queda no uso das camisinhas e das relações estáveis. Dados do Ministério mostram em 2004, 58,4% dos jovens entre 15 e 24 anos usavam o preservativo em relações casuais; em 2013 (ano da pesquisa ministerial mais recente sobre o assunto), o número baixou para 56,6%. E as relações estáveis caíram de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
    A Sífilis é um mal silencioso que pode permanecer no corpo da pessoa por décadas até levar à morte, se não tratada. Por isso, o número de pessoas infectadas, principalmente devido aos relacionamentos sexuais cada vez mais promíscuos, avança tão rapidamente.  No primeiro estágio, que começa cerca de 3 semanas após o contágio, aparecem pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais. Elas somem depois de 4 a 5 semanas. Mais algumas semanas e começam a aparecer manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Pode também provocar descamação intensa da pele, ínguas, dor de cabeça, dor de garganta, dor muscular, um mal-estar geral, febre, perda do apetite e emagrecimento.
    O próximo estágio da doença pode demorar entre 10 e 30 anos para aparecer e é o mais grave. Aparecem lesões maiores na pele, boca e nariz, e problemas cardíacos, no sistema nervoso, nos ossos, nos músculos e no fígado. Pode também provocar paralisia geral progressiva, alterações da personalidade, reflexos nervosos exagerados, aneurisma, cegueira, demência e morte.
    O tratamento da sífilis é feito com o uso de antibióticos como a penicilina. O problema é que tem aparecido bactérias cada vez mais resistentes à penicilina e embora os cientistas ainda não tenham encontrado uma "super treponema pallidum", os dados mostram que a doença está se adaptando à medicina moderna. Os casos da infecção bacteriana crônica aumentaram em 71% na Inglaterra desde 2011. Os casos de sífilis também são cada vez mais comuns nos EUA. Infecções subiram 15% entre 2013 e 14 e outros 19% de 2014 a 2015, de acordo com dados do Centro de Controle de Prevenção de Doenças daquele País.


SAIBA MAIS
https://grandesmulheres.com.br/2016/03/29/geracao-fast-banalizacao-do-sexo/

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