sábado, 16 de setembro de 2017

16 de setembro - Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozônio


   Para entender o que nossa saúde tem a ver com essa data, é preciso lembrar que o Sol é uma estrela que nos ilumina todas as manhãs trazendo calor e energia, mas esse astro também emite energia fora da faixa que denominamos luz visível, ou seja, não é percebida por nossos olhos. A faixa acima da luz visível é denominada infravermelha e a faixa abaixo dela é a ultravioleta.
    As irradiações com comprimentos de ondas menores contêm mais energia concentrada, sendo, portanto, muito mais fortes. Essas irradiações são os raios ultravioleta que são prejudiciais à nossa saúde. Por sorte (ou não, cada um entenda segundo suas crenças) nosso planeta Terra tem um escudo contra a irradiação ultravioleta. É a chamada camada de ozônio. Responsável por absorver grande parte da irradiação prejudicial antes que essa chegue aqui embaixo no solo, onde a vida se desenvolve.
    O Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozônio foi criado visando alertar para a necessidade da proteção do planeta, porque essa camada está sendo destruída por poluentes como os CFC’s (clorofluorcarbonetos), usados em solventes orgânicos, gases para refrigeração e propelentes em extintores de incêndio e aerossóis. E também para lembrar a população sobre os riscos à saúde resultantes da destruição da camada e dar orientações ao público de como se proteger do sol.
    Sem esse escudo protetor, os raios ultravioleta (UV-B), com comprimento de onda entre 290 a 320 nanômetros, denominados de radiação biologicamente ativa seria falta para todos os seres vivos. Aliás, a vida só se desenvolveu na Terra porque a maior parte dessa radiação é absorvida pela camada de ozônio e a pequena porção que chega à superfície é na quantidade exata necessária para ter efeitos benéficos à saúde.
    Se uma pessoa se expuser à radiação UV-B por períodos mais prolongados, poderá notar o aparecimento de queimaduras solares na pele que podem ocasionar o câncer de pele. A Agência Norte Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provoca um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Um estudo realizado no Brasil e nos Estados Unidos mostrou que uma redução de 1% da camada de ozônio provocou o crescimento de 2,5% da incidência de melanomas.
    Uma das causas do melanoma maligno, uma forma cancerígena muito menos comum, porém mais agressiva, é atribuída aos níveis mais altos de radiação UV. Problemas de visão, como a catarata, também podem ser contraídos. Além disso, os danos à Camada de Ozônio contribuem para a diminuição da eficiência do sistema imunológico e para o envelhecimento precoce da pele.
    No Brasil, o câncer de pele corresponde a 25% dos casos da doença e é o principal tipo, sendo que o segundo e terceiro tipos somados não alcançam esse número. Todas as estatísticas de estimativa do Instituto do Câncer (INCA), a partir de 2004, colocam o câncer de pele como o mais recorrente no País. Dados do instituto apontam cerca de 116 mil casos por ano. Entre os motivos, de 50% a 70% são resultantes da exposição excessiva aos raios ultravioleta, e as câmaras de bronzeamento também são consideradas fatores de desencadeamento da doença.
    Além disso, a radiação UV também afeta o crescimento das plantas e sua produtividade, com importantes implicações para a segurança alimentar. Os cientistas acreditam que o fitoplâncton marinho (plantas microscópicas que constituem a base da cadeia alimentar marinha) é particularmente sensível aos aumentos na radiação UV. A redução em sua quantidade teria um profundo efeito sobre outras espécies marinhas, inclusive os cardumes de pesca comercial, entre muitos e catastróficos outros efeitos.




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