Marcelo Resende e Steve Jobs têm uma coisa em comum:
morreram por causa de um câncer de pâncreas. Esse tipo de câncer é considerado
pelos oncologistas como o mais mortal, com uma taxa de sobrevida de 5 anos.
Isso significa que a pessoa com câncer de pâncreas vai viver, no máximo esse
tempo. Mas é uma taxa otimista, muito otimista. Na verdade este câncer mata 75%
dos portadores no primeiro ano após a descoberta e 94% nos primeiros 5 anos. Só
4% vivem muito mais tempo do que 5 anos e 2% são curados.
Para complicar, este tipo de câncer geralmente é descoberto
já em estágio avançado, por ser quase assintomático nos estágios iniciais. E
mesmo em estágio avançado, apresenta sintomas que são comumente confundidos com
outras doenças como dor na barriga ou nas costas, perda de peso e falta de apetite,
problemas digestivos, diabetes urina, coceira na pele, fraqueza, diarréia e
tontura, entre outros.
O câncer de pâncreas é raro antes dos 30 anos de idade e as
chances aumentam após os 50 anos, com maior incidência principalmente entre os
homens, na faixa entre 65 e 80 anos. Segundo a União Internacional Contra o
Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000
casos entre 40 e 50 anos para 116/100.000 entre 80 e 85 anos. No Brasil, o
câncer de pâncreas representa 2% de todos os tipos de câncer, sendo responsável
por 4% do total de mortes por câncer. Por ano, nos Estados Unidos, cerca de 26
mil pessoas são diagnosticadas com a doença. A taxa de mortalidade por câncer
de pâncreas é alta, pois é uma doença de difícil diagnóstico e extremamente
agressiva.
Outro detalhe a ser observado é que o câncer de pâncreas
aumenta principalmente devido ao uso de derivados do tabaco. Os fumantes
possuem três vezes mais chances de desenvolver a doença do que os não fumantes.
Também há risco maior para pessoas que consomem carne em excesso, gordura e
bebidas alcoólicas, além de profissionais que ficam expostos por longo tempo a compostos
químicos, como solventes e petróleo.
SAIBA MAIS
O pâncreas é uma glândula do aparelho digestivo, localizada
na parte de cima do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de
enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina - hormônio
responsável pela diminuição do nível de glicose (açúcar) no sangue. É dividido
em três partes: a cabeça (lado direito); o corpo (seção central) e a cauda
(lado esquerdo).
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