quarta-feira, 20 de setembro de 2017

20 setembro - Dia de alerta para a prevenção e combate ao câncer colorretal

    A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) está lançando a campanha Setembro Verde, visando conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de intestino, também chamado de câncer colo retal. A Coloproctologia é a especialidade médica que estuda as doenças do intestino grosso (colon), do reto e ânus.
     O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
      A estimativa do Instituto Nacional de Câncer, José Alencar Gomes da Silva (Inca) é de que anualmente surjam 34.280 novos casos no Brasil, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres. Deste total, quase metade (15.415, sendo 7.387 homens e 8.024 mulheres) morrem em consequência da doença.
      O câncer colorretal está relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo elevado de carnes vermelhas e processadas e pouca ingestão de frutas, legumes e verduras. Entre os fatores de risco estão ainda a obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo. A idade também pode contribuir para o surgimento da doença, principalmente a partir dos 50 anos.
      A doença geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso se recomenda a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos, mesmo quando não há casos na família de câncer colorretal ou pólipos. Quando houver histórico familiar, a recomendação geralmente é a partir dos 40 anos de idade. O exame é feito com a introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera para visualizar o intestino por dentro. A colonoscopia permite retirar eventuais pólipos, pequenas verrugas na mucosa do intestino. Os tumores malignos se originam a partir desses pólipos.
        Em estágios avançados, o câncer do intestino pode causar perda de sangue nas fezes, dor abdominal, massa abdominal palpável, alteração do ritmo intestinal, emagrecimento, náuseas, vômitos e anemia não explicados por outras causas.
       Quando detectada a doença, na maioria das vezes o tratamento é realizado por meio de cirurgia (por via convencional ou laparoscópica) para remoção da parte afetada juntamente com os gânglios linfáticos (linfonodos). Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e cirurgia para realização de um estoma (orifício na parede abdominal).

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