sábado, 23 de setembro de 2017

23 de setembro - Dia da Síndrome das Pernas Inquietas

     A síndrome das pernas inquietas ou doença de Willis-Ekbom (DWE), é a mais comum e menos diagnosticada das doenças, trata-se de uma doença neurológica que causa distúrbio do sono porque em que a pessoa movimenta involuntariamente as pernas. É crônica, não se sabe a causa e, portanto, não se pode prevenir, e não há cura. Ela pode começar em qualquer idade, incluindo a infância, e é doença progressiva para alguns, enquanto que os sintomas podem desaparecer em outros.
     A síndrome se caracteriza por um impulso incontrolável de se mexer, geralmente devido às sensações incômodas que ocorrem primeiramente nos pés, mas ocasionalmente nos braços e em outras partes. Mas quem tem a doença têm uma dificuldade em descrever exatamente o que sentem, por tratar de um sintoma subjetivo. Dizem que apenas que se trata de um incômodo, como se fosse um impulso elétrico, uma coceira, uma agonia nas pernas, como se tivessem insetos caminhando pelas pernas ou se as pernas quisessem dançar sozinhas ou, o que é mais comum, alfinetadas que levam a uma vontade incontrolável e involuntária de mover as pernas e os pés.
     Acredita-se que o que provoque a síndrome seja um desequilíbrio no funcionamento dos neurónios que usam a dopamina como neurotransmissor. Os níveis de ferro no sangue também podem estar relacionados. Em média atinge cerca de 10% da população adulta, um pouco mais frequente em mulheres do que homens e de 2% a 3% a mais entre crianças. Pesquisas mostram que em até 45% dos pacientes os primeiros sintomas apareceram antes dos 20 anos.
      Embora seja muito comum, a DWE é pouco diagnosticada e pouco conhecida entre os profissionais de saúde, porque os próprios pacientes, embora sofrendo, acreditam que seja uma condição inerente a eles e sem solução. E assim ninguém se queixa e a coexiste silenciosamente. E pelo fato de a síndrome manifestar-se predominantemente nos momentos de repouso, a qualidade de vida fica comprometida, a pessoa dorme mal ou quase não dorme, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado.
      O tratamento da DWE é determinado caso a caso e visa atenuar os sintomas e o desconforto do doente. Por exemplo, se uma deficiência de ferro for detectada, utiliza-se suplemento de ferro, vitamina B12, que pode ser suficiente para acabar com os sintomas. Também há certos hábitos e costumes que podem piorar os sintomas, como ter um horário regular para dormir e acordar. Exercícios físicos moderados são recomendados até seis horas antes do horário de dormir.
      Evitar todos os produtos com cafeína: café, chá mate, chá preto, refrigerantes, chocolate e alguns medicamentos. Bebidas alcoólicas nem pensar. Banho quente, massagens, técnicas de relaxamento, trabalhos manuais, alguma outra atividade que mantenha a mente ocupada, podem ser benéficas, mas dependem da gravidade dos sintomas de cada pessoa. Algumas pessoas não conseguem encontrar alívio com qualquer atividade e precisam de medicamentos. Neste caso usa-se sedativos, medicações para dor e anticonvulsivantes.

SAIBA MAIS
    O dia 23 de setembro foi escolhido em homenagem a Karl-Axel Ekbom, nascido neste dia. Ekbom foi um neurologista sueco, que descreveu a doença pela primeira vez, em 1945.

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