quarta-feira, 6 de setembro de 2017

6 de setembro – Vamos falar sobre Ébola

    A Libéria, ali do outro lado do oceano, na costa da África, é um país ameaçado de extinção. Fundada por escravos americanos libertos com a ajuda de uma organização privada chamada American Colonization Society, em 1847 a Libéria, assim como outros países africanos da região, está ameaçada por uma nova epidemia de Ebola. A doença, que ano passado parecia controlada, voltou e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), causa preocupação internacional.
    O Ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar aos 90% e afeta não apenas os seres humanos, mas também macacos, gorilas e chimpanzés. Identificada pela primeira vez em 1976, já causou 2.296 mortos entre os 4.293 casos identificados; 1.224 morreram na Libéria.
    A doença, causada por um vírus, tem um período de incubação (intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sintomas) que pode demorar até 21 dias. O primeiro sintoma é um início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta, como se fosse uma gripe muito forte. Em seguida, vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
    Depois que os sintomas começam, a pessoa contaminada começa a espalhar o vírus na sua comunidade, transmitindo-o para outras pessoas. A infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções (fezes, urina, saliva, sêmen) que podem estar em roupas sujas, roupa de cama ou agulhas usadas.
    Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, não há circulação natural do vírus Ebola em animais silvestres, como em várias regiões da África. E pelas características da infecção pelo Ebola, a possibilidade de ocorrer uma disseminação global do vírus é muito baixa. Desde sua descoberta em 1976, o vírus tem produzido, ocasionalmente, surtos em um ou mais países africanos, sempre muito graves pela alta letalidade, mas, autolimitados.
    Mesmo assim as autoridades do setor recomendam cautela. Atualmente não há nenhuma vacina para a doença do vírus Ebola. Várias vacinas estão sendo testadas, mas nenhuma delas está disponível para uso clínico no momento. Nos países onde existe transmissão do Ebola, a melhor maneira de se prevenir é evitar contato com o sangue ou secreções de animais ou pessoas doentes ou com o corpo de pessoas falecidas em decorrência dessa doença, durante rituais de velório.

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