Ter saúde não
depende apenas da genética, mas principalmente do “modus vivendi”, isto é, como
você lida com o seu corpo, a alimentação, a prática de exercícios, o lazer, o
trabalho e o repouso nas medidas certas, como sua mente trabalha, como
administra suas emoções e como tudo isso se relaciona com o meio ambiente.
Para a médica
Madeleine Rose Luvison Gomes da Silva, de Curitiba, o corpo adoece quando perde
o poder de se adaptar ao meio externo, quando as agressões do dia a dia superam
seus mecanismos de defesa, levando ao desequilíbrio. “Esse desequilíbrio pode ser
causado por vários fatores, mas os exercícios físicos exercem um papel
fundamental tanto na prevenção de doenças, como no tratamento, e isso tem sido
amplamente demonstrado através de estudos nessa área”, explica a médica.
O aumento na
renda, a industrialização e a globalização, as novas tecnologias etc, tem
levado a um aumento no consumo de alimentos não saudáveis e da inatividade física.
Em 40 anos, o número de homens com sobrepeso no Brasil aumentou de 18,6% (em
1974) para 50,1% (em 2014). Em todo o mundo, mais de 30% da população é
sedentária. Em alguns países, mais de 50% da população não pratica exercícios e
isso aumenta com a idade e é mais frequente em mulheres do que nos homens.
A questão é
que a inatividade física é um dos motivos do crescimento das doenças
cardiovasculares, diabetes do tipo 2, obesidade, alguns tipos de câncer (câncer
de intestino e de mama), fraqueza musculoesquelética, depressão, menor
qualidade de vida e maior mortalidade por causas cardiovasculares etc. Na
comparação entre uma pessoa sedentária com outra um pouco mais ativa, mesmo que
se exercite minimamente (cerca de 90 minutos por semana, que é o mínimo recomendado),
a média é de que a pessoa mais ativa viva 3 anos a mais.
"A
recomendação é, praticar exercícios que respeitem sua aptidão física evitando
exageros. Assim conseguimos manter a pratica da atividade física por mais
tempo. Aumentando a resistência física, a flexibilidade, corrigindo problemas
posturais e trazendo alivio nas dores musculares, e o mais importante, sem
lesões", completa Eduardo Sosnowski, que em outubro inaugura mais um espaço
com novo conceito (o Studio 1.6) de treinamento funcional e pilates, em
Curitiba.
A Dra. Madeleine
concorda: ”todos temos que nos exercitar”; mas revela que tem um tipo de exercício
que é fácil, quase de graça, divertido e que é bom para todos os tipos de
problemas articulares, quadril, joelhos, coluna, tornozelos e pés: a bicicleta.
“Andar de bicicleta, além de melhorar a autoestima, melhora o relacionamento
com o meio ambiente, você se exercita e se diverte. Ande de bicicleta, mas de preferência
bicicletas que tenham apoio para as costas”, recomenda.
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