quinta-feira, 26 de outubro de 2017

26 de outubro – Cálculo renal

      Os médicos chamam de cálculo renal, litíase ou nefrolitíase, mas popularmente chamamos de pedra no rim. Trata-se de depósitos de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário que formam pedras bem pequenas e, caso não sejam excretadas (eliminadas naturalmente) acabam crescendo a ponto de obstruir a passagem da urina e até impedir o funcionamento dos rins.
    As estatísticas mostram que uma, em cada grupo de 200 pessoas, desenvolvem cálculos renais e cerca de 80% delas vão eliminar a pedra espontaneamente, junto com a urina. Então só 20% terão que fazer algum tipo tratamento. E outro detalhe: quem já tiveram uma pedra nos rins tem 50% de chances de desenvolver um novo cálculo renal nos próximos 5 a 10 anos. A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 40 anos de idade.
    O tratamento deve ser indicado por um médico urologista e normalmente é iniciado no hospital. Nos casos mais graves pode ser necessária uma cirurgia pra retirada da pedra. Antigamente (ainda hoje, quando o caso é grave, às vezes só com uma cirurgia invasiva mesmo) só era possível retirar a pedra abrindo o rim, mas hoje há aparelhos de ultrassom que fazem a “explosão” da pedra, sem a necessidade de operar. A pedra é pulverizada e eliminada junto com a urina. Mas a eliminação do cálculo renal, junto com a urina, se ainda houver pedrinhas, pode causar graves danos ao aparelho urinário, por isso é preciso muito cuidado.
    As pedras podem ser formadas por vários elementos químicos. O mais comum é o cálcio em combinação com oxalato (que estão presentes em uma dieta normal e fazem parte dos ossos e músculos). Esses cálculos representam até 80% de todos os cálculos renais. Outro tipo de pedra menos comum é causada por infecção urinária. Esse tipo de pedra nos rins é chamado “estruvita” ou cálculo infeccioso. Elas podem ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, podendo levar a grandes danos renais. E, há ainda o cálculo renal de ácido úrico, que está associado com a gota ou quimioterapia, que representa cerca de 10% dos casos.
    Geralmente, a eliminação destes elementos químicos é feita espontaneamente pelos rins sem que haja problema, mas quando se forma uma pedra, e ela é muito grande, fica presa no rim. Ou, começa a descer pelo ureter, que é um canal muito apertado que liga os rins à bexiga e para, causando obstrução e até infecção. O resultado é uma crise renal, que pode causar ondas de dor intensa na parte inferior das costas, que pode atingir também a virilha e os testículos; dor ao urinar; urina rosa, vermelha ou marrom devido à presença de sangue; aumento da vontade de urinar; náuseas e vômitos; dificuldade para deitar e descansar devido à inquietação da dor; febre acima de 38ºC, calafrios e diarreia, em caso de infecção.
    O cálculo renal é o responsável pela famosa cólica renal: dor nas costas ou no abdome lateral ou embaixo das costelas com irradiação para o testículo do mesmo lado ou para o grande lábio vaginal nas mulheres. É uma das piores dores que o ser humano é capaz de suportar (ou não).
    A melhor forma de se prevenir contra uma pedra nos rins é tomando água diariamente e em abdundância.

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