sábado, 30 de junho de 2018

30 de junho - Dia de falar das doenças do pênis

O órgão sexual masculino pode ser afetado por vários tipos doenças, provocando dificuldades ou até impedindo a realização de suas funções normais de excreção (urina) e reprodução (esperma).  Essas doenças vão de congênitas e hereditárias simples (como a Fimose) a inflamatórias, infecciosas, traumáticas e até tumorais.
     Uma das doenças congênitas (de nascimento) pouco conhecidas é a síndrome de Klinefelter, que afeta todo o corpo, causando entre outros problemas, infertilidade, estatura maior que a média, ossos fracos, diminuição nos pelos da face e do corpo, diminuição do desejo sexual e o chamado micropênis (órgão sexual extremamente pequeno).
      Outro problema congênito é a hipospádia, que causa uma malformação do canal da uretra (a crianças nasce com uma abertura anormal), por onde passa a urina e o esperma. Esse problema tem cura e o seu tratamento deve ser feito nos dois primeiros anos de vida da criança por meio de cirurgia.
      Também de nascimento, a Fimose é uma dobra de pele, da membrana mucosa retrátil, que cobre a glande (ou cabeça) quando o órgão está flácido.  Se essa pele não se retrai para expor totalmente a glande, pode causar dificuldade em urinar, aumentar o risco de infecção urinária, dor nas relações, dificultar a limpeza da região etc. No bebê, existe naturalmente uma aderência do prepúcio à glande (fimose fisiológica), que desaparece na grande maioria dos meninos até os três anos de idade. Não desaparecendo é preciso procurar o médico que vai avaliar a melhor forma de tratamento.
       Outra doença que precisa atenção, pode ser causada por uma falta de higiene ou limpeza inadequada. É a Balanopostite, causada por fungo ou uma bactéria que podem se alojar debaixo do prepúcio, causando inflamação na cabeça do pênis e no prepúcio. Esta infecção se não tratada provoca dor, vermelhidão e edema, e pode levar de simples dificuldade para urinar a diversas outras doenças, inclusive câncer.
       Falando nisso, sim pode dar câncer no pênis. Não é uma doença comum, mas ocorre. A parte do pênis mais frequentemente afetada é a base da glande, onde aparece uma ferida avermelhada e que não dói indolor, que se detectado no início, pode ser retirado cirurgicamente, com chances de se manter a função do órgão.
       E em se tratando de manter a função, outra doença comum é a disfunção erétil, popularmente chamada impotência sexual, que pode afetar homens em qualquer idade, apesar de ser mais comum acima dos 50 anos. Trata-se de uma dificuldade (ou até incapacidade) para manter uma ereção do pênis que permita realizar uma relação sexual normal. A disfunção erétil pode ter várias causas, orgânicas ou psicológicas e é acentuada pelo fumo, álcool, colesterol elevado, certos medicamentos, hipertensão arterial e diabetes mellitus. O tratamento da disfunção erétil depende da sua causa, mas vai desde o uso de medicamentos, ao tratamento psicológico e até a prótese peniana.
      Outra doença bastante comum é a Peyronie que causa placas fibrosas no tecido conjuntivo do pênis, causando curvatura anormal. A doença encurta um dos lados do órgão, causando um desvio que provoca dor e nos estágios mais avançados até disfunção erétil. O único tratamento existente é a cirurgia.
      Para encerrar, é preciso falar de doenças sexualmente transmissíveis, que não são exclusivas do órgão sexual masculino, mas que podem causar lesões, incapacitá-lo e até levar a pessoa à morte, como a Aids. Uma destas doenças é conhecida como Chlamydia trachomatis, que causa uma causa inflamação da uretra, provocando dor ao urinar e coceira. Há ainda a gonorreia, que já foi epidêmica, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Ela provoca um corrimento amarelado, queimação e ardor ao urinar. O herpes genital, que afeta pele e as mucosas do pênis, provocando dor, aumento de sensibilidade, formigamento e queimação. A sífilis, no passado, chegou a ser um flagelo quase comparável ao que hoje é a AIDS, causada pela bactéria Treponema pallidum que, além de lesões locais no pênis, pode afetar órgãos vitais como o coração, cérebro e medula espinhal. E, obviamente a Aids, cuja porta de entrada não é exclusividade do pênis, mas é uma das entradas principais, e ataca o sistema imunológico (destruindo os glóbulos brancos - linfócitos T CD4+), ainda não tem cura e mata.

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