A mulher é
um ser especial. O único capaz de reproduzir a vida. Mas isso tem um custo alto
e requer cuidados especiais com a saúde em todas as fases da vida, de bebê à
idosa. Para isso, é preciso atenção a fatores que vão de moradia e alimentação,
a sexuais, raciais, psicológicos e até comportamentais, que podem levar a
mulher a ficar doente.
Desde
pequena a mulher precisa de atenção desde o básico, normal a todo ser humano, como
ter uma boa noite de sono, alimentar-se bem, fazer exercícios físicos regularmente,
controlar o peso e não fumar, até lembrar de consultar um ginecologista pelo
menos uma vez por ano.
A seguir, o Conteúdo
Médico traz uma lista com 10 itens, publicada pelo Ministério da Saúde:
1 – Manter
alimentação saudável
Uma
alimentação saudável, desde os primeiros dias de vida, como a amamentação e o
consumo de alimentos in natura, por exemplo, traz benefícios à saúde. Resulta
na redução de fatores de risco para doenças, como o sobrepeso e o aumento do
colesterol, além do bem estar físico e mental e da importância do vínculo entre
mãe e bebê.
2 – Cuide de
sua saúde mental
Identificar
precocemente sintomas psíquicos e buscar acolhimento de saúde pode ser decisivo
para que haja abordagem oportuna pelos profissionais de saúde.
Afinal,
sabe-se que as mulheres se encontram em uma situação de vulnerabilidade por
ganharem menos, por estarem concentradas em profissões menos valorizadas, por
terem menor acesso aos espaços de decisão no mundo político e econômico, por
sofrerem violência doméstica, física, sexual, psicológica, econômica, além da
negligência e abandono. Além disso, elas vivem dupla e tripla jornada de
trabalho.
Para as
mulheres idosas, há ainda a questão do isolamento social e transtornos
emocionais devido à aposentadoria, à viuvez, às alterações fisiológicas, e dos
sofrimentos provocados por uma sociedade que supervaloriza a juventude e
desvaloriza as marcas do envelhecimento feminino.
Além dos
sintomas de depressão, outros transtornos mentais necessitam de atenção e
cuidado, como os de ansiedade, insônia, estresse e transtornos alimentares.
Fatores psicossociais e ambientais estão relacionados à incidência dessas
doenças.
3 – Falando
de Sexualidade
A
sexualidade engloba um conjunto de aspectos que envolvem o prazer, o desejo, a
ternura, o amor, que são o resultado da convergência de natureza
psíquica-bio-sócio-histórico-cultural. Portanto conhecer o próprio corpo é
fundamental para identificação dos pontos de prazer e exercício da sexualidade,
em todas as idades. A mulher vai tendo vivências e experiências da sua
sexualidade que vão mudando com o passar dos anos.
Nas
adolescentes, por exemplo, o início da puberdade é marcado por muitas mudanças
como o aparecimento de espinhas, nascimento do broto mamário, pelos pubianos
gerando muitas vezes dúvidas e inseguranças.
Falar da
sexualidade das mulheres idosas ainda é um tabu, o que dificulta a busca de
informação e a superação de obstáculos para que se alcance uma vida sexual
saudável e com qualidade nesta faixa etária.
Após a
menopausa, por exemplo, as mulheres podem apresentar algum desconforto nas
relações sexuais com penetração vaginal, por causa das condições de
hipoestrogenismo e, consequentemente, hipotrofia dos tecidos genitais. Utilizar
creme vaginal, nestes casos, pode favorecer as condições genitais para o pleno
exercício da sexualidade.
4 - Conhecer
seu próprio corpo
Você conhece
o seu corpo? Esta pode parecer uma pergunta com resposta óbvia, porém muitas
pessoas não conhecem seu próprio corpo. Os motivos são os tabus, valores
sociais e questões que envolvem sexualidade e gênero.
Todos sabem
que a saúde sexual é essencial para homens e mulheres serem saudáveis física e
emocionalmente. Porém, ainda é grande o número de mulheres que sabem pouco ou
nada sobre a anatomia e o funcionamento do seu corpo.
5 - Realizar
exames de rastreamento
O Sistema
Único de Saúde oferta exames para rastreio do câncer de colo de útero e câncer
de mama para as mulheres de acordo com diretrizes específicas.
O início da
coleta do exame Papanicolau, para rastreio do câncer de colo de útero, deve ser
aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual. Os
exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos
últimos cinco anos.
O
rastreamento para o câncer de mama, com o exame de mamografia é a estratégia de
saúde pública que tem sido adotada em contextos onde a incidência e a
mortalidade por câncer de mama são elevadas. A recomendação para as mulheres de
50 a 69 anos é a realização de mamografia a cada dois anos e do exame clínico
das mamas a cada ano.
6 –
Proteger- se contra IST/HIV
As Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros
microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com
uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer,
ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.
A Prevenção
Combinada é uma estratégia que faz uso simultâneo de diferentes abordagens de
prevenção aplicadas em múltiplos níveis (individual, nas
parcerias/relacionamentos, comunitário, social) para responder a necessidades
específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas formas de
transmissão das IST.
O uso de
preservativos feminino ou masculino é a forma de vivenciar a sexualidade de
forma segura. Vale lembrar que o uso do preservativo não serve somente para
evitar gravidez, mas é fundamental utilizá-lo para prevenção das IST, HIV/Aids.
Caso ocorra sexo sem preservativo, procure uma unidade básica de saúde para ter
orientações e faça os testes rápidos.
7 - Faça
escolhas conscientes sobre métodos contraceptivos
O Sistema
Único de Saúde disponibiliza diversos métodos contraceptivos para que
adolescentes e mulheres possam escolher a maneira mais confortável de planejar
quando, como e se vai querer ter filhos. A mulher pode escolher entre os
métodos: injetável mensal, injetável trimestral, minipílula, pílula combinada,
diafragma, Dispositivo Intrauterino (DIU), além dos preservativos feminino e
masculino.
8 - Busque
ajuda em caso de violência
A violência
contra as mulheres afeta cidadãs de todas as classes sociais, raças, etnias,
faixas etárias e orientações sexuais, e se constitui como uma das principais
formas de violação dos direitos humanos, pois atinge as mulheres no seu direito
à vida, à saúde e à integridade física.
As agredidas
vivenciam situações de medo, pânico, baixa autoestima, ansiedade, angústia,
humilhação, vergonha e culpa, perda da autonomia e, muitas vezes, fragilidade
emocional. Agouros que abrem margem para quadros clínicos como depressão,
síndrome do pânico, ansiedade, distúrbios psicossomáticos, entre outros.
Se está
passando por alguma situação que lhe incomoda, converse com pessoas de sua
confiança e vá até um serviço de saúde mais próximo de casa para pedir ajuda e
tirar dúvidas.
9 – Utilize
práticas saudáveis para os sintomas comuns durante os ciclos menstruais e no
climatério/menopausa
Medicar o
corpo das mulheres, em nome da ciência e de um suposto bem-estar, sempre foi
uma prática da medicina, que só será modificada quando as mulheres tiverem
consciência de seus direitos, das possibilidades preventivas e terapêuticas e
das implicações das distintas práticas médicas sobre o seu corpo.
A
medicalização do corpo das mulheres com uso de hormônios durante o
climatério/menopausa, por exemplo, encontra um campo fértil no imaginário
feminino pelas falsas expectativas como a eterna juventude e beleza.
10 - Planeje
e vivencie uma gestação saudável
O
planejamento reprodutivo é um importante recurso para a saúde das mulheres. Ele
contribui para uma prática sexual mais saudável, possibilita o espaçamento dos nascimentos
e a recuperação do organismo da mulher após o parto, melhorando as condições
que ela tem para cuidar dos filhos e para realizar outras atividades.
O
acompanhamento pré-natal assegura o desenvolvimento da gestação, permitindo o
parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive
abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.
A opção por
não ter filhos também deve ser assegurada, e a abordagem nessa situação deve
ser livre de preconceitos e crenças por parte dos profissionais de saúde.
Com estas
dicas, fica mais fácil cuidar da saúde, em qualquer fase da vida.
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