quarta-feira, 16 de agosto de 2017

16 de agosto - Dia de Controle da Anemia Falsiforme


    Em dois estados brasileiros (Mato Grosso - Lei 8.330/05 - e Rio Grande do Sul – Lei 12.660/06), hoje, 16 de agosto é o dia de Controle da Anemia drepanocítica, drepanocitose ou anemia falciforme. E o Portal do Conteúdo Médico aproveita a data para falar desta que é a doença hereditária mais comum no mundo e no nosso país. A anemia é a diminuição da hemoglobina no sangue, mas no caso da Falsiforme, acontece uma produção anormal de hemoglobinas, com isso os órgãos não recebem a quantidade suficiente de oxigênio, não desempenham bem suas funções e a pessoa adoece.
    Ela é chamada de “falciforme” por causar uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome “falciforme” (mas isso só se vê em microscópio, ok?). Essas células alteradas ficam frágeis, se rompem facilmente, causando crise de dor nos ossos e nas juntas; Icterícia (cor amarela nos olhos e pele); Síndrome mão-pé (nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, causando inchaço, dor e vermelhidão no local); Infecções bacterianas; feridas nas pernas, geralmente próximo aos tornozelos; problemas no baço e até Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).
    Aparece geralmente entre o 5º e o 6º mês de idade e a partir daí, segundo orientação do Ministério da Saúde, o bebê deve ter acompanhamento médico adequado baseado num programa de atenção integral. Essa doença é mais comum em indivíduos da raça negra e atinge em média 8% dos negros brasileiros.
    No site do Ministério há um manual bem interessante sobre essa anemia e lá conta uma história de como a doença surgiu. Segundo o manual, há “muitos anos, na África, a malária matava muitas pessoas. Por tal motivo, a natureza resolveu proteger seus filhos da morte pela malária, provocando neles uma alteração genética que chamamos de mutação, alterando a informação que vem no gene (DNA). Com a alteração, essas pessoas passaram a produzir a hemoglobina S, em vez da hemoglobina A. Assim, quem tivesse na hemácia a hemoglobina S não seria infectado pela malária. Com isso, diminuiu muito a morte pela malária em virtude da imigração forçada, isto é, do tráfico de africanos e dos movimentos populacionais em busca de melhores condições de vida, essa mutação se espalhou pelo mundo. No Brasil, pelo fato de o país ter recebido uma grande população de africanos e por apresentar alto grau de mistura de raças, existem muitas pessoas com anemia falciforme, principalmente os afrodescendentes”.
SAIBA MAIS
   Se você quer saber mais sobre essa doença, é interessam-te acessar este manual no site do Ministério: portalsaude.saude.gov.br

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