sexta-feira, 6 de abril de 2018

Conheça a Dispareunia


    A doença pode provocar dor superficial ou profunda e pode ser resultado de secura vaginal ou distúrbios dos órgãos genitais. O diagnóstico se baseia nos sintomas e em um exame pélvico. Pomadas anestésicas, lubrificantes, exercícios para relaxar os músculos pélvicos ou uma mudança na posição durante a relação sexual pode ajudar.
    A dor pode ser superficial, sentida na área em torno da abertura vaginal (área genital ou vulva). Ou a dor pode ser profunda, sentida dentro da pelve quando o pênis ou um vibrador é introduzido. A dor pode ser ardente, acentuada ou gerar cólicas. Os músculos pélvicos geralmente ficam tensos, o que aumenta a dor, seja superficial ou profunda.

    A dor, é afetada significantemente pelas emoções. Por exemplo, um pequeno desconforto pode gerar uma dor intensa após uma experiência sexual traumática, como estupro. Raiva em relação ao parceiro sexual, medo de intimidade ou gravidez, autoimagem negativa ou crença de que a dor nunca passará pode fazer com que a dor seja pior.
    O diagnóstico baseia-se na descrição da mulher sobre o problema, incluindo quando e onde a dor é sentida, e nos resultados de um exame físico. A área genital é examinada suave, mas completamente, para verificar as causas possíveis, como sinais de inflamação ou anomalias. Se encontrar uma área anormal, o médico pode tirar uma amostra a ser examinada com microscópio (biópsia).
     O médico pode tocar a área suavemente com um cotonete para determinar onde a dor ocorre. O médico verifica a tensão dos músculos pélvicos ao redor da vagina, inserindo um ou dois dedos com luva na vagina. Para verificar o útero e os ovários, o médico, então, coloca a outra mão sobre o abdômen inferior. Um exame retal também pode ser feito.


CONHEÇA OS TIPOS DE DOR E IDENTIFIQUE SEU PROBLEMA

Dor superficial
    A relação sexual pode ser dolorosa porque a vagina não produz líquido suficiente. Então, a vagina fica seca, e a lubrificação para a relação sexual é inadequada. Lubrificação inadequada muitas vezes é resultado de poucos preliminares. Além disso, à medida que as mulheres envelhecem, o revestimento da vagina fica mais fino e pode se tornar seco porque os níveis de estrogênio diminuem. Esse quadro clínico é chamado de vaginite atrófica. Durante a amamentação, a vagina pode se tornar seca porque os níveis de estrogênio são baixos. Anti-histamínicos podem causar secura ligeira e temporária da vagina.
    Dor superficial também pode resultar de aumento da sensibilidade da área genital para dor (vestibulodinia provocada – Vestibulodinia provocada (Vestibulite vulvar)), que é a causa mais comum. Inflamação ou infecção na área genital (incluindo herpes genital), da vagina, ou glândulas de Bartholin (as glândulas pequenas em um dos lados da abertura vaginal). Inflamação ou infecção do trato urinário, machucados na área genital, Radioterapia que afeta a vagina, o que pode deixar a vagina menos elástica e pode causar cicatrizes, fazendo com que a área em torno da vagina seja menor e mais curta, uma reação alérgica a espumas ou geleias anticoncepcionais ou a preservativos de látex, Contração involuntária dos músculos vaginais (vaginismo), Raramente, uma anomalia congênita (como uma partição anormal dentro da vagina) ou um hímen que interfere na entrada do pênis, Cirurgia para estreitar a vagina (por exemplo, para reparar tecidos rompidos durante o parto ou para corrigir um distúrbio do assoalho pélvico – Distúrbios do assoalho pélvico).

O hímen é uma membrana que circunda ou, em muito poucas mulheres, cobre a abertura vaginal. Quando as mulheres têm relação sexual pela primeira vez, o hímen, se não tiver sido estirado antes (por exemplo, com o uso de tampão absorvente ou estimulação sexual com o dedo dentro da vagina), pode rasgar-se, causando dor e sangramento. Algumas mulheres nascem com um hímen anormalmente apertado.
     No caso de dor superficial, o tratamento poder ser feito com a aplicação de uma pomada anestésica e banhos de assento podem ajudar, assim como a aplicação de lubrificante antes da relação sexual. Lubrificantes à base de água, em vez de vaselina ou outros lubrificantes à base de óleo, são preferíveis. Lubrificantes à base de óleo geralmente secam a vagina e podem danificar os dispositivos contraceptivos de látex, como preservativos e diafragmas. Dedicar mais tempo às preliminares pode aumentar a lubrificação vaginal.


Dor profunda
    Dor profunda durante ou após a relação sexual pode resultar do seguinte:
Infecção do colo do útero, do útero ou das trompas de Falópio (doença inflamatória pélvica), que podem causar acúmulo de pus (abscessos) na pelve, endometriose, crescimentos na pelve (como tumores e cistos ovarianos), faixas de tecido com cicatriz (adesões) entre os órgãos da pelve, que podem se desenvolver, após uma infecção, cirurgia ou radioterapia para câncer em um órgão pélvico (como a bexiga, útero, colo do útero, trompas de Falópio ou ovários), às vezes, um desses distúrbios (como miomas) faz com que o útero fique preso em uma direção inclinada para trás (chamada retroversão), resultando em dor profunda. Forte contração indesejada (involuntária) dos músculos da pelve (chamada hipertonia muscular pélvica) pode causar ou resultar de dor profunda.
     Para dor profunda, pode-se experimentar uma posição diferente para a relação sexual pode ajudar. Por exemplo, estar por cima pode dar à mulher maior controle da penetração, ou outra posição pode limitar a profundidade em que o pênis pode ser introduzido.
Um tratamento mais específico depende da causa, como a seguir:
Diminuição e ressecamento da vagina após a menopausa: Estrogênio inserido na vagina como um creme (com aplicador plástico), como um comprimido ou um anel (semelhante a um diafragma) ou administrado por via oral (como parte da terapia hormonal)
Infecções: Antibióticos, antifúngicos ou outros medicamentos conforme o caso ( Algumas infecções vaginais). Cistos ou abscessos: Remoção cirúrgica. Um hímen rígido ou outra anomalia congênita: Cirurgia para correção.

     Psicoterapias, como a terapia cognitivo-comportamental e a terapia cognitiva baseada na atenção plena (MBCT – Tratamento), podem ajudar algumas mulheres. Atenção plena envolve concentrar-se no que está acontecendo no momento, sem fazer julgamentos ou monitorar o que está acontecendo.
    Exercícios de relaxamento da musculatura pélvica, às vezes com biofeedback ( Técnicas de interação mente-corpo : Biofeedback), podem ajudar mulheres com músculos pélvicos apertados a aprenderem a relaxar conscientemente


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