domingo, 8 de outubro de 2017

8 de outubro – Dia dos cuidados paliativos

      A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu a atenção aos cuidados paliativos como sendo um conjunto de ações ou tratamentos que melhoram a qualidade de vida de pacientes e familiares, diante de doenças que ameacem a continuidade de sua existência. Segundo a OMS, cerca de 40 milhões de pessoas no mundo precisam destes cuidados. Metade em fase final de vida, enquanto a outra está com a doença em curso. Inicialmente, os cuidados paliativos foram pensados apenas para o tratamento oncológico, mas hoje englobam qualquer doença que ameace a vida por ser progressiva ou até mesmo incurável.
    Entre as condições mais comuns encontram-se as doenças cardiovasculares (39%), pulmonares (34%), câncer (10%), HIV/Aids (6%), entre outras. De acordo com pesquisadores, apesar de a necessidade ser grande, para a maioria das pessoas, alguma intervenção já traria benefícios. Cerca de 5% a 10% precisam de cuidados extremamente especializados, mas para 60% a 70%, intervenções básicas já seriam suficientes. No entanto, somente 14% da população é assistida, enquanto 86% não têm nada e morrem com dor e sofrimento.
    De acordo com a OMS, os cuidados paliativos devem ser oferecidos para todo paciente de doença incurável, visando melhorar sua qualidade de vida através da prevenção e alívio do sofrimento. Para isso é fundamental que o paciente tenha acesso a uma equipe multidisciplinar para avaliar e tratar da dor e outros sintomas físicos, assim como aspectos sociais, psicológicos e espirituais. Esses cuidados são oferecidos para o paciente e sua família no momento em que o médico identifica que não existem mais possibilidades da doença ser curada.
    Esses cuidados consideram questões físicas, como dor, fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, falta de ar e insônia, verificando se podem ser controlados com medicamentos ou por meio de outros métodos, como a terapia nutricional, fisioterapia, quimioterapia, radioterapia ou cirurgia; emocionais, para os pacientes e suas famílias consigam lidar com as emoções que vêm com o diagnóstico e o tratamento da doença e que geralmente provocam depressão, ansiedade e medo; práticas, como questões financeiras e legais, com seguros de saúde, emprego etc e espirituais, ajudando as pessoas a explorarem suas crenças e valores, para que possam encontrar um sentido de paz, ou chegar a um ponto de aceitação que seja apropriado para a sua situação.

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