domingo, 25 de fevereiro de 2018

Conheça os celulares que mais emitem radiação e os males que causam...


    Quando os celulares surgiram, na década de 1980, surgiu também o mito de que o aparelhinho que hoje faz parte de nosso corpo, prejudica nossa saúde. A ideia é que, por criar um campo magnético, o aparelho interfira principalmente no cérebro do ser humano. Quase 35 anos depois (o primeiro celular foi o Motorola Dyna TAC 8000X, de 1983) não se tem notícia de alguém que tenha qualquer problema de saúde por causa do magnetismo. Aconteceram alguns acidentes, provocados pelas baterias, mas pela tal da energia eletromagnética, nada.
     Apesar disso, a verdade é que o celular pode sim provocar, problemas de saúde, em diversos níveis. Por exemplo, apesar dos estudos, ainda há dúvidas sobre os possíveis efeitos cancerígenos causados pelas ondas de radiofrequência emitidas por celulares. Até que ponto essas ondas são perigosas? Corremos o risco de desenvolver tumores por usar o celular constantemente? O que devemos fazer para evitar isso? O que sabemos é que as ondas de radiofrequência são uma forma de radiação não ionizante, menos potente do que a radiação ionizante, que se desprende dos raios X ou ultravioleta. Essa última é capaz de quebrar ligações químicas no nosso DNA.
    Além disso, há outros riscos. Por exemplo, o celular pode prejudicar o sono. A luz emitida pela tela afeta o chamado relógio biológico (ou ritmo circadiano), que regula diversas funções de seu corpo e ativa a produção de hormônios que promovem o estado de alerta. Além disso, se você mantiver o aparelho ao lado da cama, há uma grande chance de ser acordado no meio da noite devido aos alertas e vibrações.
    Tudo isso vai impedir que você tenha um sono prolongado e profundo, e pode até provocar insônia e distúrbios do sono. Esses distúrbios são uma das causas da síndrome metabólica, um conjunto de doenças levam à obesidade, diabetes, hipertensão, níveis elevados de mau colesterol, triglicérides e gordura da barriga excessiva. O melhor é desligar o aparelho, pelo menos meia hora antes de ir pra cama e só religar de manhã.
    O celular também é fonte de contaminação por bactérias. Se você usar seu celular no banheiro, hospital, mercado ou outros locais públicos, há uma grande chance de que o dispositivo fique altamente contaminado por bactérias. Um estudo realizado em 2011, pela Universidade de Londres, mostrou que 92% dos telefones tinham muitas bactérias. A contaminação do celular pode servir como disseminador, por exemplo, de infecção hospitalar. Principalmente os médicos devem tomar muito cuidado com isso e fazer a desinfecção seus celulares com frequência para evitar a propagação de germes e bactérias para si mesmo ou aos outros.
    Outro problema que o aparelhinho pode causar é o estresse. Se você tem o hábito ficar conferindo seu telefone móvel a cada poucos minutos, pode ser a razão de estar com seu nível de estresse aumentando. Além disso, o zumbido constante, vibrando alertas e lembretes pode gerar mais compromissos inúteis e levar a mais stress. Ele também pode provocar perturbações e sintomas de depressão do sono. Controle o uso do aparelho. Discipline-se: deixe sem som e sem vibração e confira seus recados apenas uma vez a cada hora, por exemplo.
    Usar celular em excesso também pode provocar problemas de visão e audição. Hoje vemos crianças, cada vez menores, ligadas o dia inteiro no aparelhinho, muitas vezes usando fones de ouvido etc... Esse uso prolongado, olhando para telas minúsculas e ouvindo sons em volume excessivo leva a perda gradual de visão e da capacidade auditiva. Os primeiros sintomas é o calor e zumbido nos ouvidos. Se perceber isso, procure um otorrinolaringologista.
    No caso da visão, há dois efeitos provocados pelas telinhas que prejudicam a saúde de seus olhos: o calor emitido pelo aparelho e a exposição à luz azul-violeta emitida pela tela. Como a tela é pequena a tendência é aproximar o aparelho dos olhos. E, pra piorar, já até equipamentos para usar o celular como gerador de realidade virtual, por exemplo, que colocam o aparelho ainda mais perto dos olhos. Para proteger a sua visão, consulte regularmente um oftalmologista e, quando estiver lendo em aparelhos móveis, faça pausas regulares.
    E ainda há outros dois problemas provocados pelo celular: dor no pescoço e coluna. É normal que, quando está olhando o celular, você se incline para baixo. Esse é um hábito muito prejudicial para sua coluna vertebral, por exemplo. E se você tem o costume de segurar o aparelho entre o pescoço e os ombros enquanto fala e usa as mãos para outros afazeres, pode ter dor no pescoço e costas, que começam com uma irritação e evolui para espasmos musculares.
    Tá... Tudo bem que ninguém usa o celular como telefone hoje em dia, né? Mas o uso constante de seus dedos, digitando mensagens de texto e e-mails, em tecladinhos minúsculos e desafiadores, com o tempo, vai lhe causar tendinite e osteoartrite.
    E ainda tem mais uma coisa: o uso do celular pode causar acidentes. O uso do celular na rua, enquanto caminha, pode te fazer cair num buraco ou ser atropelado. E carro então, nem se fala, né? As pesquisas mostram que usar enquanto dirige quadruplica o risco de acidente, além de você estar cometendo uma infração gravíssima, de acordo com o Código Nacional de Trânsito.

SOBRE A RADIAÇÃO

    Para identificar quais modelos emitem mais ou menos radiação, foi criada uma medida conhecida como Taxa de Absorção Específica (SAR, sigla em inglês), que permite saber que parte dessa radiação é retida pelo tecido humano.
   Cada celular tem um nível SAR - que corresponde ao uso do telefone em sua potência máxima -, e os fabricantes devem informar aos órgãos reguladores de cada país qual é o SAR de seus produtos.
    No entanto, muitos compradores geralmente não verificam essa informação.
A Agência Federal Alemã de Proteção à Radiação desenvolveu uma base de dados com os celulares (novos e antigos) que mais geram ondas de radiofrequência, criando uma lista disponível para o público.
    As primeiras posições são dominadas por marcas chinesas (OnePlus e Huawei), embora também haja um Nokia, o Lumia 630.
    Também estão na lista o iPhone 7 (em décimo lugar), o iPhone 8 (12º lugar) e o iPhone 7 Plus (15º), além do Sony Experia XZ1 Compact (11º), o ZTE Axon 7 mini (13º) e o Blackberry DTEK60 (14º).
    Não há diretrizes universais para um nível "seguro" de radiação telefônica, mas o órgão de proteção ao meio ambiente na Alemanha, o Der Blaue Engel, apenas aprova telefones com um nível de absorção de até 0,60 watts por kg.
    Todos os telefones na lista emitida pela instituição alemã ultrapassam o dobro desse limite (o OnePlus 5T, no topo do ranking, tem 1,68).
    Quanto aos dispositivos que oferecem um menor nível de radiação, a marca sul-coreana Samsung lidera.
    O primeiro na lista é o Sony Experia M5 (0,14), seguido do Samsung Galaxy Note 8 (0,17) e S6 edge+ (0,22), Google Pixel XL (0,25) e Samsung Galaxy S8 (0,26) e S7 edge (0,26).
    Alguns telefones da americana Motorola (Moto G5 plus e Moto Z) também estão entre os que emitem as mais baixas radiações do mercado, de acordo com a instituição alemã.
Se você quiser verificar a quantidade de radiação que o seu celular emite, pode verificar o manual do seu modelo, o site do fabricante ou o site da Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos (FFC, por sua sigla em inglês).

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