quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Saiba o que fazer na fase em que a criança coloca tudo na boca

    Até 1 ano e meio a boca é o principal meio pelo qual a criança conhece o mundo, identificando o gosto e a textura dos objetos. Por isso, tudo o que encontra pela frente, coloca na boca. E isso é um perigo, porque às vezes, coloca coisas perigosas e nojentas (quando não, as duas). Mas isso faz parte do desenvolvimento da criança e é praticamente impossível impedir esse impulso e os pais não devem se preocupar em fazer isso. Mas é preciso cuidado e muita atenção, principalmente com objetos pequenos, porque a chance de engolir algo é enorme. Tampas de caneta, peças de montar, moedas ou até mesmo pequenos pedaços de giz são coisas que você não quer que vão parar no estômago do seu bebê.
    Mas engolir nem sempre é a pior parte porque se são bem pequenos os objetos acabam eliminados nas fezes. O problema é se, por exemplo, ao invés de ir para o estomago, o objeto for aspirado, o que pode prejudicar a respiração e pode até ser necessária uma cirurgia para retirá-los. Por isso é muito importante escolher brinquedos adequados para a faixa etária do seu filho. Também é preciso muita atenção com moedas e objetos pontiagudos como chaves, lápis (facas, garfos etc, nem se fala, né?!) e ainda com coisas que podem ser contaminantes como remédios ou uma pilha, por exemplo.
  
A internauta Andreia, que participa do grupo de Whats (44-9 9849-4239) do Portal do Conteúdo Médico, contou que sua filha, de 1,4 anos, comeu vômito do cachorro que passava mal por estar com lombrigas. Desesperada, recorreu ao Portal do Conteúdo Médico e nós recomendamos, claro, como primeira medida, procurar um médico. Seja o pediatra da criança ou o médico da Saúde da Família, da Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, vai receitar medicamentos para evitar que a criança tenha um problema mais grave. Pode ser o caso de se fazer uma lavagem estomacal e, com certeza, dar um vermífugo.
   Quando era bebê, meu filho Dilee que hoje tem 35 anos, deu dois sustos desses. Tomou meio vidro de Pinho Tok que estava atrás da patente (foi feita uma lavagem estomacal) e noutra ocasião, quando já tinha uns 4, 5 anos, fez uma refeição completa (juntos com os priminhos) com um blister de calmante que encontrou jogado e tomatinhos cereja, que também resultou outra lavagem estomacal e algumas boas horas de sono.
    Esses “acidentes” são normais nesta fase, se a criança acidentalmente engolir alguma coisa mas não apresentar tosse nem dificuldades respiratórias, isso provavelmente significará que o objeto foi parar no trato digestivo. Segundo Pessoa, na maior parte dos casos, ele sairá pelas fezes. Caso seja um material tóxico ou um medicamento, corra para o médico da criança e leve-a ao hospital.
Caso uma peça diminuta vá para nas vias respiratórias, você logo perceberá. É comum a criança ter acesso de tosse. Essa situação requer ajuda médica. Se a criança já estiver com uma dificuldade respiratória evidente, ligue para o serviço de emergência e peça para ser orientada pelo telefone – há algumas manobras que podem reverter o problema.    Se ela cortar alguma parte da boca, lave com água, espere o sangramento diminuir e avalie o dano. Se o sangramento persistir e o corte for profundo, é melhor procurar ajuda médica o quanto antes.
Muita atenção e tenha o telefone do Pediatra sempre à mão...

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