A data internacional é 19 de outubro e a nacional 27 de novembro, mas vamos aproveitar o exemplo de Caxias do Sul para falar hoje sobre o câncer de mama. Trata-se de um tumor maligno que se desenvolve no seio, em consequência de alterações genéticas nas células da mama, que passam a se dividir descontroladamente sem motivo aparente ou aviso prévio. E não é um problema exclusivamente feminino. Os homens também podem ter essa doença, apesar da prevalência feminina.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) surgem 1,38 milhão de novos casos e 458 mil pessoas morrem todos os anos com a doença, no mundo, na proporção de um homem para cada grupo de 100 mulheres. No Brasil, o Ministério da Saúde informa que surgem mais de 52 mil novos casos por ano e que uma, a cada 12 mulheres, terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos. Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura chegam a 95%. O problema é que tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados pelo autoexame, sendo visíveis apenas na mamografia, daí a importância do exame anual.
Fatores hereditários podem ser determinantes, mas não são fundamentais. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis, mas não quer dizer que terão a doença. O avançar da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos, são fatores de risco tão importantes quanto. E há ainda fatores relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de bebidas alcoólicas.
Existem vários tipos de tratamentos para o câncer de mama, de acordo com o estágio da doença. Os tratamentos locais como a cirurgia e a radioterapia que focam apenas no tumor. E os tratamentos sistêmicos, como a quimioterapia, a terapia hormonal e a terapia alvo, que utilizam medicamentos que podem ser administrados por via oral, ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente. O Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.
SAIBA MAIS
Em Caxias do Sul uma lei local instituiu o 18 de julho como o Dia Municipal de Luta contra o Câncer de Mama em 2005, visando chamar a atenção da comunidade sobre a doença que mais mata mulheres em todo o mundo.
http://www.brasil.gov.br/@@busca?SearchableText=cancer+mama
https://www.caxias.rs.gov.br/comunicacao/noticias_ler.php?codigo=29142
Nenhum comentário:
Postar um comentário