quinta-feira, 10 de agosto de 2017

10 de agosto – Dia D de combate à Leishmaniose

    A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose foi criada pelo Governo Federal em 2012, visando estimular ações educativas e preventivas e promover debates sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose. A iniciativa também deve apoiar atividades da sociedade civil e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate à doença. A Semana acontece sempre no início de agosto, tendo o dia 10, como a data central.
    A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas que vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea (que dá na pele) e a leishmaniose visceral ou calazar (que atinge os órgãos internos). A leishmaniose tegumentar provoca feridas na pele, nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, atinge o fígado, o baço e a medula óssea.
    A doença é provocada por um microrganismo, um bichinho microscópico que, por não possuir a capacidade de produzir seu próprio alimento, se alimenta de outros seres vivos. Esses bichinhos que a gente só consegue ver num microscópio, são chamados de protozoários. O protozoário que causa essa doença é do gênero Leishmania. Ele infecta pequenos animais, os cachorros e é transmitido para as pessoas, por meio de mosquitos. O mosquito pica o cão que tem o protozoário e depois pica a pessoa, causando a infecção.
    A leishmaniose é uma das seis principais doenças tropicais do mundo e ocupa o segundo lugar, depois da malária, entre as infecções por protozoários que acometem os seres humanos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil existem atualmente sete espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana, e mais de 200 espécies de mosquitos que fazem esse “transporte” entre o cachorro (e também pequenos animais silvestres em regiões de floresta) e o ser humano. Trata-se de uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros.
    A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar morar ou ficar em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rios e sempre utilizar repelentes quando estiver no mato. Esta doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar matar.
    No Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde a doença é muito comum, são registrados mais de 200 casos por ano, com a morte de cerca de 15% das pessoas infectadas. No Paraná, a doença é rara, mas acontece. O último caso registrado foi em Foz do Iguaçu, ano passado, quando um homem de 63 anos morreu. O Brasil é o primeiro, dos 12 países da América Latina, com maior número de casos de leishmaniose, principalmente, a que provoca a “ferida brava”. E o Estado do Amazonas é o nosso campeão, com média de quase 2 mil casos por ano, metade do número de casos registrados em todo o País.
A cada ano, quase 2 milhões de novos casos de leishmaniose são registrados no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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