quarta-feira, 30 de agosto de 2017

30 de agosto – Dia de Conscientização da Esclerose Múltipla



    Assim como o reumatismo, a esclerose múltipla (EM) também tem o estigma de ser “doença de velho”. Popularmente, “esclerosado” é sinônimo de estar velho e débil, mas assim como as doenças reumáticas atingem pessoas de todas as idades (até mesmo bebês), a esclerose tem seu pico entre mulheres, com idade entre 20 e 35 anos. Trata-se de uma doença neurológica autoimune: o sistema imunológico ataca a capa que recobre os neurônios, chamada de “bainha de mielina”, dificultando o funcionamento do sistema nervoso central.
    E diferente de Alzheimer ou o Parkinson, a EM não é progressiva, incapacitante ou debilitante. É uma doença inflamatória crônica, que provoca surtos periódicos, que variam de pessoa para pessoa, afetando o cérebro, a medula ou nervo ótico. Os sintomas dependem da quantidade dos nervos afetados e dos danos causados em cada surto e são predominantemente físicos, como visão turva ou dupla, fadiga, formigamentos, perda de força, dificuldades para se manter o equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, dificuldade cognitivas, problemas sexuais e incontinência urinária. Algumas vezes causa também declínio intelectual e até a perda da a capacidade de andar ou falar claramente. Mas é possível tratar e muitos pacientes conseguem ter uma vida ativa e produtiva, tanto no aspecto físico, como intelectual e social.
    O tratamento, uma vez diagnosticada a doença, é feito para reduzir o tempo e o grau de inflamação durante um surto, para que o sistema imune pare de “desmielizar” como  os médicos chamam a ação da EM. Basicamente o tratamento tem dois objetivos: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais. Os médicos também recomendam aos portadores de EM que mantenham a prática de atividades físicas regulares.
    Como na maioria das doenças autoimunes, a medicina ainda não tem clareza sobre o que provoca a EM. Mas sabe-se que que alguns fatores podem aumentar o risco de ter a doença: Idade (entre 20 a 40 anos são feitos 70% dos diagnósticos), gênero (três mulheres para cada homem são portadores), histórico familiar (: se um de seus pais ou irmãos tem esclerose múltipla, você tem uma chance de 1 a 3% de desenvolver a doença), etnia (os brancos “caucasianos”, tem maior risco) e o país onde mora. Por alguma razão desconhecida a EM é muito mais comum na Europa, sul do Canadá, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia e sudeste da Austrália.
    O Brasil tem cerca de 30 mil pessoas sofrendo com essa doença e tem até uma associação (veja link abaixo) que trata do problema.

  
SAIBA MAIS


      30 de agosto foi instituído pela lei federal 11.303/06, como o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla em todo o Brasil. 


   

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