sexta-feira, 22 de setembro de 2017

22 de setembro - Dia Internacional da Leucemia

    A Leucemia é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, afetando o sangue dos pacientes. Para você entender, existem três tipos de células na corrente sanguínea: os glóbulos vermelhos ou hemácias (responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos), os glóbulos brancos ou leucócitos (encarregados da defesa contra agentes externos, células estranhas ou que sofreram modificação dentro do próprio organismo) e as plaquetas (essenciais para a coagulação do sangue). Chamada pelos médicos de LMC (Leucemia Mieloide Crônica), ela faz com que os glóbulos brancos do sangue (leucócitos) se multipliquem desordenadamente, ainda dentro da medula óssea.
    Os médicos e pesquisadores ainda não descobriram o que dá início a essa multiplicação desordenada, fora dos padrões de desenvolvimento normal do corpo. O que se sabe é que se trata de uma doença adquirida, que não está presente no momento do nosso nascimento, e não é hereditária. A melhor definição é “uma anormalidade genética nos glóbulos brancos”, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). Os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Nos pacientes com a doença, estudos mostraram que existe uma fusão entre dois cromossomos, os de número 9 e 22, provocando a Leucemia Mieloide Crônica.
    É preciso muita atenção porque a maioria dos sinais e sintomas da LMC estão relacionados à diminuição da produção de células sanguíneas normais da medula óssea, e podem ser confundidos com outras doenças. Os  sintomas iniciais são sensação de cansaço, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, febre aparentemente sem motivo, dores nos ossos, aumento do baço, sensação de saciedade após uma pequena refeição.
    Depois de diagnosticada é fundamental o acompanhamento médico e o tratamento correto. Testes como hemograma, exame citogenético e, principalmente, o PCR – um exame de sangue muito simples que mede a quantidade do gene causador da LMC – são fundamentais, pois somente através deles é possível saber como o câncer está respondendo ao tratamento prescrito e, assim, reavaliar a abordagem terapêutica se necessário, no menor tempo possível. A boa notícia é que a medicina avançou o suficiente para conseguir a cura na maioria dos casos. Hoje, mais de 70% dos pacientes conquistam a remissão completa da doença (quando nos exames não consta mais nenhum sinal da doença).

SAIBA MAIS
    Na maior parte dos casos, essa doença aparece em adultos, na faixa etária dos 50 anos. Apenas 4% dos pacientes são crianças.

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