quinta-feira, 14 de setembro de 2017

HU de Maringá levou seis trabalhos para o Congresso Brasileiro de Reumatologia


Dr. Paulo Donadio apresentando trabalhos no Congresso
    Dos 669 trabalhos inscritos para serem apresentados durante o 34º Congresso, organizado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), pelo menos 6 tem uma importância maior para Maringá e região. Eles foram produzidos por médicos do Hospital Universitário (HU) e do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O Congresso da SBR começou quarta-feira (13) e segue até sábado em Florianópolis, com a participação de mais de 2 mil reumatologistas, entre eles, 150 paranaenses, associados à Sociedade Paranaense de Reumatologia (SPR).
     Um dos destaques da UEM no encontro trata das listas de espera para consultas de reumatologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi conduzido pelos médicos Paulo Roberto Donadio, Marco Rocha Loures (presidente da SPR), Felipe Grizzo, Cássia Franchini, Eliane de Souza, Priscilla Prajiante e Juliana Forestiero. Segundo eles, o encaminhamento de pessoas que não necessitam ou que têm problemas menos complicados e que poderiam perfeitamente ser conduzidas por um clínico ou médico de família da rede básica de atendimento, é que tem sobrecarregado as filas de espera por especialistas.
     O coordenador do estudo, Dr. Paulo Roberto Donadio, explica que para comprovar, os médicos e residentes da UEM foram à luta. “Durante 8 semanas foram treinados 10 clínicos da rede básica de saúde do município, capacitando eles no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com as doenças reumáticas mais comuns, como artrites e fibromialgia, interpretação dos principais exames complementares e uso racional de anti-inflamatórios. Os resultados obtidos com esse trabalho é que estaremos apresentando em Florianópolis”, revela Donadio.
     E os números obtidos pela equipe da UEM são muito interessantes.  Os médicos dos postos de saúde de Maringá, depois de treinados, conseguiram reduzir em 21,15% a fila de espera das 10 unidades nas quais trabalham. Só no primeiro mês 142 pacientes foram reavaliados e 121 deixaram a espera por consulta especializada. “Isso nos mostrou que a estratégia de capacitação em serviço de clínicos para atendimento e condução dos casos mais simples do dia a dia da Reumatologia é mais efetiva do que a realização de mutirões todas as vezes que as filas pressionam o gestor de saúde”, conclui o coordenador do estudo.


SAIBA MAIS

1 - Aproximadamente 500 pacientes, cuidadores, profissionais de saúde e familiares participaram do curso Educação em Saúde para Pessoas com Doenças Reumáticas, realizado no primeiro dia do Congresso.

2 - De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm algum tipo de doença reumática e, entre elas, as mais comuns são artrose, artrite reumatoide, lúpus, gota, osteoporose e fibromialgia. Estas doenças não têm cura, mas o tratamento, quando acompanhado por especialistas, tende a diminuir a gravidade e o impacto na qualidade de vida dos pacientes.

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