Dr. Paulo Donadio apresentando trabalhos no Congresso |
Dos 669
trabalhos inscritos para serem apresentados durante o 34º Congresso, organizado
pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), pelo menos 6 tem uma
importância maior para Maringá e região. Eles foram produzidos por médicos do
Hospital Universitário (HU) e do Departamento de Medicina da Universidade
Estadual de Maringá (UEM). O Congresso da SBR começou quarta-feira (13) e segue
até sábado em Florianópolis, com a participação de mais de 2 mil
reumatologistas, entre eles, 150 paranaenses, associados à Sociedade Paranaense
de Reumatologia (SPR).
Um dos destaques
da UEM no encontro trata das listas de espera para consultas de reumatologia pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi conduzido pelos médicos Paulo
Roberto Donadio, Marco Rocha Loures (presidente da SPR), Felipe Grizzo, Cássia Franchini,
Eliane de Souza, Priscilla Prajiante e Juliana Forestiero. Segundo eles, o
encaminhamento de pessoas que não necessitam ou que têm problemas menos
complicados e que poderiam perfeitamente ser conduzidas por um clínico ou médico
de família da rede básica de atendimento, é que tem sobrecarregado as filas de
espera por especialistas.
O
coordenador do estudo, Dr. Paulo Roberto Donadio, explica que para comprovar,
os médicos e residentes da UEM foram à luta. “Durante 8 semanas foram treinados
10 clínicos da rede básica de saúde do município, capacitando eles no
diagnóstico e acompanhamento de pessoas com as doenças reumáticas mais comuns,
como artrites e fibromialgia, interpretação dos principais exames
complementares e uso racional de anti-inflamatórios. Os resultados obtidos com
esse trabalho é que estaremos apresentando em Florianópolis”, revela Donadio.
E os números
obtidos pela equipe da UEM são muito interessantes. Os médicos dos postos de saúde de Maringá, depois
de treinados, conseguiram reduzir em 21,15% a fila de espera das 10 unidades
nas quais trabalham. Só no primeiro mês 142 pacientes foram reavaliados e 121 deixaram
a espera por consulta especializada. “Isso nos mostrou que a estratégia de
capacitação em serviço de clínicos para atendimento e condução dos casos mais
simples do dia a dia da Reumatologia é mais efetiva do que a realização de
mutirões todas as vezes que as filas pressionam o gestor de saúde”, conclui o
coordenador do estudo.
SAIBA MAIS
1 - Aproximadamente
500 pacientes, cuidadores, profissionais de saúde e familiares participaram do curso
Educação em Saúde para Pessoas com Doenças Reumáticas, realizado no primeiro
dia do Congresso.
2 - De
acordo com o Ministério da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm algum
tipo de doença reumática e, entre elas, as mais comuns são artrose, artrite
reumatoide, lúpus, gota, osteoporose e fibromialgia. Estas doenças não têm
cura, mas o tratamento, quando acompanhado por especialistas, tende a diminuir
a gravidade e o impacto na qualidade de vida dos pacientes.
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