terça-feira, 26 de setembro de 2017

26 de Setembro - Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência

     A adolescência, idade compreendida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 10 e 19 anos, é uma fase complicada, em que o jovem passa por constantes mudanças e descobertas: do corpo, de si mesmo e da sexualidade. O pico nos níveis hormonais, por exemplo, geralmente impulsiona para o início da vida sexual precoce, despreparada e desprotegida.
    O Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência foi criado para alertar os adolescentes sobre a importância de se evitar uma gravidez nessa época da vida. A data é uma iniciativa de organizações não governamentais e sociedades internacionais, com apoio mundial da Bayer HealthCare Pharmaceuticals e acontece em mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina.
    A luta maior é contra a gravidez indesejada. No mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 41% das gravidezes que ocorrem a cada ano não são planejadas. Isso resulta em cerca de 16 milhões de adolescentes, entre 15 e 19 anos, dando à luz anualmente. Só no Brasil, ocorrem mais de 500 mil nascimentos anuais, em média. Isto porque é grande a parcela da população jovem que ignora a existência de métodos contraceptivos ou, simplesmente, conhece-os, mas não os adota. Outra consequência disso é o aumento da incidência de doenças sexualmente transmissíveis.
    São várias as causas que levam a menina a engravidar: condição socioeconômica, a desestruturação da família, o tipo de relacionamento com o parceiro, a idade com que iniciou sua vida sexual, pouco diálogo com a família, baixa autoestima, menor nível de escolaridade, entre outros.
    Por mais absurdo que possa parecer, crianças de 12, 13, 15 anos, engravidam na tentativa de ‘segurar o parceiro ao seu lado’. Imaginam que “construindo uma família”, vão fugir das dificuldades nas relações com os pais e consigo mesmas, além de achar que o namorado (geralmente com a mesma faixa etária e situação econômica) irá ficar com ela se tiver um filho e tirá-la daquela situação. Quando na verdade ele vai é colocá-la numa situação ainda pior. Por serem muito jovens, os rapazes geralmente não assumem um compromisso sério e, na maioria dos casos, quando surge a gravidez, abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que fazem crescer, consideravelmente a cada ano, o número de mães jovens e solteiras.
    Não fosse o problema socioeconômico, a mulher grávida precocemente pode apresentar sérios problemas durante a gestação, inclusive risco de morte. Entre os fatores biológicos que merecem destaque, estão os riscos de prematuridade do bebê e baixo peso, morte pré-natal, anemia, aborto natural, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, risco de ruptura do colo do útero e depressão pós-parto.
    Dados do Ministério da Saúde mostraram um total de 274 mortes relacionadas com a gravidez em adolescentes em 2004 (último dado da pesquisa). Essas mortes, além das causas obstétricas, podem estar relacionadas com a tentativa de aborto, comum em adolescentes grávidas. Além da morte das mães, observa-se que a morte infantil é maior em crianças nascidas de adolescentes com menos de 15 anos, quando comparadas com as mulheres com idade entre 25 e 29 anos.
    Levar conhecimento aos jovens por meio de ações educativas, mostrar que existem métodos contraceptivos e indicar que os adolescentes têm acesso a diversas alternativas são medidas que podem reduzir o número de gravidez nessa faixa etária. Os pais, educadores e os próprios médicos podem e devem orientá-los sobre como evitar uma gravidez precoce e principalmente, que estes jovens são responsáveis e devem escolher qual caminho seguir, conscientemente.
    É preciso mostrar, primeiro que, adolescência é época de estudar e se divertir e não de constituir família. E também que filho não segura relação. Nesta faixa de idade, muito pelo contrário. E por fim que, é possível ter uma vida sexualmente ativa, sem engravidar. Há inúmeros métodos contraceptivos para evitar uma gravidez antes do tempo ideal. A forma mais segura de evitar a gravidez, por exemplo, é utilizando a camisinha. A camisinha é um dos melhores métodos contraceptivos, pois ela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde e é a única que evita a gravidez e ainda protege contra doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite, AIDS e sífilis, por exemplo.
    Mas há outras soluções: espermicidas, que devem ser pulverizado na vagina antes do contato íntimo; a pílula anticoncepcional; o diafragma etc. Por fim, a pílula do dia seguinte, que só deve ser utilizada em situações de emergência, como, por exemplo, se o preservativo romper ou em caso de abuso sexual, pois desregula completamente os hormônios femininos e pode não ser eficaz se for tomada após 72 horas da relação, mas pode ser uma solução para se evitar um problema maior.


SAIBA MAIS

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