quinta-feira, 28 de setembro de 2017

28 de setembro - Dia Mundial de Luta Contra a Raiva

     O Dia Mundial de Luta Contra a Raiva criado com o apoio Organização Mundial de Saúde (OMS). Também conhecida como hidrofobia, a raiva é uma zoonose (doença de animais que podem atingir humanos) que causa uma infecção virótica (causada por um vírus) que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica até causar a morte. Segundo a OMS, a raiva mata uma pessoa no mundo a cada 10 minutos. E 60% das vítimas são crianças de até 15 anos.
    A doença é transmitida pela saliva infectada que entra no corpo por meio de uma mordida ou pele lesionada. O vírus viaja da ferida até o cérebro, onde causa inchaço ou inflamação. Essa inflamação leva aos sintomas da doença. A maioria dos casos de morte por raiva ocorre em crianças. Qualquer mamífero é capaz de transmitir raiva. Os que mais costumam causar a doença são animais domésticos como gatos e cachorros (o cachorro é o principal agente transmissor, no mundo), e de fazenda, como bois, cabritos, cavalos etc.
    A raiva pode também ser transmitida (a incidência é bem pequena) por animais silvestres, como morcegos, castores, coiotes, macacos, guaxinins, gambás etc. Em casos raríssimos, o vírus pode ser transmitido para receptores de transplantes de tecidos e órgãos de uma pessoa infectada.
    No Brasil, segundo dados do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) Do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 95 casos no ano passado, a maioria (75 casos) entre morcegos hetamófagos (que consomem sangue) e bois. Duas pessoas foram infectadas, um registrado em Tocantins e outro na Bahia. Não há registro de mortes, mas é sempre bom manter a prevenção.
    Para isso, é sempre bom evitar os fatores de risco, como fazer atividades que possam colocar uma pessoa em contato com animais selvagens que possam ter raiva, como a exploração de cavernas onde morcegos vivem ou acampar sem tomar precauções para manter os animais selvagens longe de seu acampamento e por aí vai. O principal é evitar o contato com algum animal que possa estar infectado. E caso seja mordido, tente obter o máximo de informações sobre o animal que te mordeu e procure atendimento médico imediato. Com base em suas lesões e na situação em que a mordida ocorreu, o médico pode decidir se você deve receber tratamento para prevenir a raiva. Mesmo se você não tiver certeza se foi mordido, procure atendimento médico do mesmo jeito.
    Um teste especial chamado imunofluorescência é usado para observar o tecido cerebral depois que o animal morre. Esse teste pode revelar se o animal tinha raiva ou não. O tempo entre a infecção e o aparecimento da doença (chamado de incubação) varia de dez dias a sete anos, mas na médica a doença aparece entre 3 e 12 semanas. Os sintomas podem incluir babar em excesso, convulsão, sensibilidade e dor no local da mordida, perda de sensibilidade em uma área do corpo e da força muscular, febre baixa, agitação e ansiedade, dificuldade de engolir (beber algo provoca espasmos da laringe).
    Se houver risco de raiva, você receberá uma série de vacinas preventivas. Essas vacinas são dadas, geralmente, em cinco doses durante 28 dias. A maioria dos pacientes também recebe um tratamento chamado imunoglobulina humana para raiva (HRIG). Ele é administrado no dia da mordida. A imunização e o tratamento para raiva são recomendados por, pelo menos, 14 dias após a exposição ou mordida. Sem tratamento, a raiva pode levar ao coma e à morte. E, em casos raros, algumas pessoas podem ter reação alérgica à vacina.
    Não há tratamento para pessoas com sintomas de infecção por raiva. Quando os sintomas aparecem, a pessoa raramente sobrevive à doença, mesmo com tratamento. Morte por insuficiência respiratória geralmente ocorre em até sete dias após o aparecimento dos sintomas.

SAIBA MAIS

1 - O Dia Mundial da Raiva é celebrado todos os anos no dia 28 de setembro em homenagem a Louis Pasteur, falecido neste dia, que foi quem desenvolveu a primeira vacina eficaz contra a raiva.
2 – No Paraná, só este ano, já foram registrados 17 casos de raiva. O número já é quase o mesmo de notificações de 2016, quando houve 21 casos.

3 - A raiva é uma das doenças mais antigas já conhecidas. A primeira menção feita a ela data do vigésimo terceiro século antes de cristo. Nas Américas, a raiva foi descrita pela primeira vez no século 16.

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